Cherreads

Chapter 7 - fleesh Beck

Flesh Beck

Era primavera, as ruas estavam em silêncio. Aquele dia parecia uma eternidade para acabar.

— Estava chovendo — pensei. No meio termo, nem muito frio nem muito quente, o clima estava agradável.

— Péssimo dia para ter aula de física — falei, andando em direção à escola.

Não entendo o que um garoto de 12 anos tem que estudar esse tipo de matéria — pensei,

— Só pode estar zuando com a minha cara...

Estava pensando quando fui interrompido dos meus pensamentos. Eram alguns "colegas" da escola.

Saímos para dançar e cantar. Almoçamos em um restaurante perto do cyber café.

Entramos no cyber café. Escolhemos nosso assento e pagamos. Estávamos jogando há 3 horas.

A energia era contagiante e estávamos jogando um jogo famoso na atualidade, um tipo de LoL. Faltava uma estrela para o Grão Mestre de Honra, mas infelizmente perdemos aquela partida.

— Suporte pressiona os adversários, usando controle de grupo — falou o Top concentrado.

(Top: rota localizada superior, uso de personagem mais resistentes — tanques ou lutadores que aguentam bastante dano ou causam bastante dano sustentando. Tem papel importante nas lutas de grupo e pressão em outras rotas.)

— Ok, vamos atacar todos juntos, enquanto isso faz o dragão, jungler — disse, com olhos vidrados na tela.

(Suporte: rota localizada inferior junto com ADC. Sua função principal é proteger o ADC, fornecer visão (sentinelas) e ajudar a controlar o mapa. Pode ser um personagem que usa cura ou controle de grupo. O foco não é matar, e sim ajudar a equipe a sobreviver e vencer lutas.)

— Ok, mid, usa sua velocidade e ataca o suporte inimigo — falou o jungler.

(Jungler: caçador, fica na selva e não tem rota fixa. Seu papel é matar monstros da selva, ajudar nas rotas, fazer gank e controlar objetivos como dragões, etc.)

— Ok, irei usar minha ultimate, me dá suporte, ADC — falou o Mid.

(Mid: jogador que fica na rota do meio do mapa. Passa visão para o resto da equipe. Costuma usar campeões com dano mágico ou habilidades explosivas — magos ou assassinos.)

— Vou descarregar dano físico, nós demais — falou sério e concentrado.

(ADC: atirador, significa Attack Damage Carry — "carregador de dano físico". Rota localizada inferior. Usa personagens que causam alto dano físico a distância.)

O moço que trabalha no local trouxe alguns lanches, mas infelizmente, bem na hora do GGWP (Good Game, Well Played — bom jogo, bem jogado), teve um apagão na rua que atingiu o cyber café, fazendo as máquinas desligarem.

— Não acredito nisso — suspirei. (ADC, Lee Jin)

— Fala sério, MESTRE DE HONRA — falou o Kay, bravo (Top).

— Mano??? Liga essa internet agora, vamos logar pelo celular — falou Crisx (Suporte).

— Não vai adiantar de nada! Já perdemos a partida! — disse, revirando os olhos e pegando a mochila (Jungler, Jey).

— Tô com fome, vamos comer, amanhã recuperamos, ou mais tarde é só fazer videochamada e ligar o PC — falou Lian, sorrindo com um olhar cativante (Mid).

Saímos do local.

Tinha algumas pessoas no local observando. Alguns sussurravam:

— Esses garotos não têm pais? Em vez de estudar, passam o dia todo jogando como se tivessem um futuro nisso!

— Ouvi dizer de alguns jovens que eles podem se tornar jogadores profissionais! — falou alguém, se inclinando para frente em sinal de negação.

— E pode uma menina andar no meio de rapazes? A mãe dela não tem o que fazer mesmo — falou uma senhora da casa de chá.

— Imprestáveis, só porque vivem em casas de luxo acham que podem se dar bem fazendo qualquer coisa — resmungou um senhor dono de uma lojinha perto. Sua loja era pintada com um branco liso como lança.

— Já vou para casa — falei avistando o carro do motorista.

Vendo pela janela, a cidade parecia... (Lee Jin)

— Só pode estar de brincadeira, eles pensam que nós passamos o dia todo jogando! — falou meu colega de classe (Jay).

— Você viu o que ele falou? Imprestáveis!? Há há, vamos mostrar o que os imprestáveis vão fazer!! — disse com um sorriso sarcástico no rosto, demonstrando afronta (Kay).

— Devemos mostrar a eles o que iremos fazer — falou, olhando para eles com um olhar desafiador. Esse menino iria aprontar.

— Realmente passamos muito tempo jogando, tipo... umas 3 horas? — disse Lian, olhando seu cronômetro.

Era costume cronometrar a partida.

— Bom, irei embora, não vai dar para ficar — falei saindo do local. Fiz sinal para o motorista se aproximar e estava saindo do carro. Fiz sinal para ele continuar, dentro eu mesmo poderia abrir a porta e entrar — simplesmente isso.

Coloquei meus fones de ouvido e comecei a ouvir músicas enquanto passava pelas ruas observando todo o local pelo vidro do carro.

Estava tudo tão calmo, começou a chover de novo.

Saí do carro correndo e entrei em casa.

— Jovem mestre, você chegou tarde hoje — falou o mordomo enquanto pegava minha mochila.

Vi que a mesa já estava pronta para o jantar e a luz do escritório estava acessa.

Significava que meu pai estava em casa.

Subi as escadas, tomei um banho gelado e guardei minhas coisas no armário. Fiz minha higiene pessoal.

Estava escolhendo uma roupa de frio para vestir e peguei meu moletom azul. Vesti em seguida um agasalho do mesmo pano, na cor preta. Liguei a televisão do meu quarto.

Hoje seria o dia que uma das minhas escritoras favoritas faria sua primeira aparição ao público — finalmente iria ver o rosto dela!

Levantei rapidamente e peguei um Doritos, enquanto meu gato me seguia miando.

Finalmente, o drama baseado no livro Entre Lâminas e Lótus — espero que esse live action seja fiel ao que está escrito no livro!

Basicamente esse era meu dia.

Ouvi a porta bater. Era o mordomo.

— Toc, toca.

— Entra — falei suspirando e segurando meu gato em minhas mãos.

— A mesa já está pronta, desce para jantar, seu pai está esperando — disse o mordomo.

Desliguei a TV e desci as escadas para o jantar.

Avistei meu pai ao telefone negociando. Estava usando um smoking preto, roupa típica de um homem de negócios, sua aparência era jovial, muito bonito e charmoso. As professoras da minha escola têm uma queda por ele; muitos confundem com meu irmão.

Ele estava ao telefone, impaciente e de mal humor — um homem de rosto frio e gélido.

— Me manda por e-mail, escritos e não documentos. Mostre o erro que vocês cometeram — ordenou Lee Tea Jin.

— Senhor Lee, tenha calma, vamos resolver o problema, não se estresse — disse alguém ao telefone.

Sentei-me à mesa de jantar e esperei ser servido.

Quando ele se aproximou, desligou o telefone e disse:

— Alfred.

— Sim, senhor — respondeu o mordomo, aproximando-se.

— Prepare o escritório e deixe meu computador ligado. Não permita que ninguém atrapalhe — falou, olhando ao redor e suspirando. Tomou em sua mão uma taça de água e bebeu.

— Sim, ordenarei que faça isso agora mesmo — falou Alfred, saindo do local e avisando os outros serventes para preparar o escritório e deixar tudo pronto.

Alfred serviu a mesa e se assentou junto conosco.

Sussurrei baixinho:

— Onde está o vovô?

— Saiu para jogar golfe — respondeu Alfred, sorrindo enquanto se servia.

— Como foi seu dia? Onde estava? — falou, me fixando nos olhos.

— Não tem nada para me contar? — continuou, fazendo perguntas enquanto cortava a carne.

— Hoje fui para a escola, a aula foi de física, um pouco chata, mas domino a matéria. Depois disso... — o telefone tocou e ele simplesmente se levantou, saindo da mesa.

Naquele mesmo dia, mal sabia ele que seus colegas haviam vandalizado a lojinha do senhor que os chamou de "imprestáveis". Fizeram vários postes com spray fazendo críticas negativas na louça branca da loja, fizeram muitos grafites na parede branca e colocaram um sapo dentro da casa de chá. Ouvi dizer que foi uma bagunça só. A senhorinha da casa de chá estava insatisfeita com o que aconteceu.

Só que quem levou a culpa?

Naquela mesma tarde, Jay, Kai e Lian se juntaram na esquina perto de casa e compraram equipamentos exclusivos para esse tipo de comportamento. Pagaram um garoto para fazer todo o procedimento com eles. Compraram as tintas, lançaram fora os cartazes de promoção, substituindo-os por outros, que continham críticas sobre o estabelecimento.

A senhorinha não gostou disso e denunciou-os.

Ambos mentiram para os pais, que se comunicaram com Lee Tea Jin, que estava no almoço, contando tudo que seu filho tinha feito, onde seus "amigos" juravam que era obra dele.

Na lista do cartão Black estava o cyber café, mas não sei como tinha uma loja de tinta.

Será que seus colegas armaram para ele?

A partir desse dia em diante, seu pai tirou suas coisas favoritas.

Lee Tea Jin se desculpou com a senhorinha e pagou todos os prejuízos, fazendo seu filho se desculpar por algo que aparentemente não fez.

Impondo em seu filho que seu único objetivo é estudar, cortando toda diversão e o deixando sob pressão.

Foi nesse momento que ele encontrou refúgio na música.

No fundo, Lee Tea sabia que seu filho nunca faria aquilo. Mas a repreensão de um pai é como um ensinamento silencioso, deixando o filho arcar com as consequências dos seus atos, mostrando que não dá para confiar em ninguém. Em vez de baixar a cabeça e dizer que "não fui eu", não precisamos discutir quando temos a verdade dentro de si.

Seu filho não compreendeu, magoado ficou, sem palavras explicativas e pouco expressivas.

Fim.. fleesh Beck

(...)

Visão do protagonista Tea Jin

Desde o final do dia, está sendo uma loucura. Este festival está insano. Não tem nada em que eu possa trabalhar.

— Vamos lá, Tea. Exatamente como nós treinamos — falei comigo mesmo, me colocando numa postura que aparentasse estar relaxado e calmo. Porém, estou nervoso. Agora é a vez do meu som.

Segurei o microfone, apertei firme e finalmente me senti relaxado para cantar esta melodia romântica e abalada.

(--)

Letra da música (Tea Jin):

Sinto meu coração pulsar,

Não tenho mais vontade de me conter.

A melodia que atravessa meu coração

Me deixa constante.

Não, não, não consigo me controlar.

Meu pai me disse que sou jovem,

Não vou saber aproveitar.

Oh, pai, não consigo me conter,

A emoção se misturou com a razão.

Ouça a batida do meu coração,

Não consigo me conter,

Este ritmo me faz tremer.

Pai, eu sou jovem...

(...)

Foi quando meus olhos se cruzaram no meio da multidão com aquele pequeno garoto que me olhava fixamente e, por nenhum segundo, tirou os olhos de mim. Parecia estar chorando.

— Fala sério, minha música é tão boa que tocou o coração dele.

Pai, eu sou jovem...

Não consigo me conter, a rebeldia tomou conta do meu ser.

Não, não, consigo me conter, a rebeldia tomou conta do meu ser.

Vou explorar outras áreas que estiverem disponíveis à luz do luar.

Vou pixar os muros sem me controlar e deixar minha raiva extravasar.

Mas, pai, eu sou jovem, não consigo me controlar.

Estava tudo empolgante, mudando o ritmo, quando, de repente, o Yuko...

(..)

Visão do Yuko

A multidão estava em uma vibração única, suas vozes se uniam cantando o refrão. Estava tudo muito empolgante.

Finalmente chegou a minha vez. Eu estava nervoso, e quando me aproximei para fazer meu solo acontecer e levar geral a estremecer, de repente, tropecei.

More Chapters