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Chapter 20 - The Lineage Unveiled

Arthur sat in the dim light of his private study, the flicker of a single candle casting long, dancing shadows on the walls lined with ancient tomes and relics of forgotten eras. His piercing gaze fixed on the dossier spread before him—a collection of papers, genealogical charts, and cryptic notes, all painstakingly gathered over the last fortnight. Tonight was not a night for frivolity or distraction. Tonight, he would uncover the roots that defined her, the bloodline that could either fortify his legacy or poison it.

His mind, honed by centuries of survival, moved swiftly. The modern world had its conveniences—databases, DNA reports, encrypted records—but Arthur preferred the old ways: patience, intuition, and the subtle art of reading what lay hidden between the lines. There were no coincidences in the webs of lineage, only patterns waiting to be deciphered.

As he flipped through the fragile pages, a faint smile curved on his lips. The family name was ancient, whispered in hushed tones among those who knew the weight of blood. Not noble by mere chance, but forged in fire and tested in the crucible of history. Yet, beneath the honor, there lurked shadows—secrets of betrayal, survival, and raw power. Arthur's fingers brushed over a faded portrait—a woman, fierce eyes burning with the fire of defiance, her face carved from the same stoic mold he recognized in himself.

But Arthur's gift—his curse—was deeper than sight. He could read the hearts of men and women, feel their intentions thrumming like a second heartbeat. And he felt hers. A complex weave of strength and vulnerability, loyalty and rebellion. She was no mere pawn. She was a player, a queen moving carefully across the board.

Arthur rose, his tall frame casting a commanding silhouette. He could sense the pulse—the subtle rhythm that linked bloodlines not only by name but by fate. His own heart beat in tandem with those who pledged allegiance, and he knew—any who sought to betray would be consumed by their own fire before the act ever crossed their lips. This unbreakable bond was his protection and his curse.

The ancient scrolls told of servants and warriors who, through generations, carried his mark—not just by blood, but by an unyielding oath. These families survived plague, war, and persecution, their loyalty tested in the darkest of times. Some were branded witches, others hidden saviors, but all shared the weight of Arthur's legacy.

And now, as the storm of modernity raged outside his window, Arthur contemplated what it meant for her—and for the future they might share. Was she the calm after the tempest? Or the next battle to be fought?

He closed the dossier with deliberate care and whispered into the silence, "The past is never dead. It is not even past."

Os olhos de Arthur ardiam no pergaminho desbotado, seus dedos percorrendo a teia emaranhada de nomes que remontava a séculos. A linhagem que ele buscava compreender não era uma mera árvore genealógica. Era um testemunho vivo da sobrevivência contra as marés do caos e da crueldade, um testamento forjado com suor, sangue e a determinação silenciosa daqueles que se recusaram a se render ao peso da história.

A mulher cuja ancestralidade ele investigou carregava o sangue de guerreiros e estudiosos, curandeiros e exilados. Cada nome carregava uma história — de batalhas travadas em florestas sombrias, de orações sussurradas em câmaras secretas, de vidas sacrificadas para preservar uma frágil centelha de esperança em tempos sombrios. Mas quanto mais Arthur se aprofundava, mais claro se tornava: sua linhagem era uma espada de dois gumes. Ao lado da honra e da bravura, escondia-se segredos tão obscuros que haviam sido deliberadamente apagados da maioria dos registros.

Ele encontrou indícios da Caça às Bruxas — uma era brutal em que incontáveis ​​inocentes eram arrastados para a pira, acusados ​​de feitiçaria e traição contra um mundo temeroso. Seus ancestrais estavam entre essas bruxas marcadas, acusadas de exercer poderes que os temerosos não conseguiam compreender. No entanto, na verdade, esses poderes eram dádivas — um conhecimento ancestral transmitido de geração em geração, uma responsabilidade sagrada para proteger o frágil equilíbrio da humanidade.

Arthur sentiu um lampejo de reconhecimento. Não era coincidência. Assim como os servos e guerreiros ligados a ele por juramento e sangue, a família dela carregava um legado de lealdade envolto em segredo, sofrimento e força silenciosa. Seus destinos se entrelaçavam com os dele, ligados por um fio invisível tecido ao longo dos séculos. Um fio que ardia intensamente e era inquebrável.

Ele se lembrou das velhas histórias — como seus predecessores salvaram aqueles marcados pela morte e pelo desespero, protegendo-os da crueldade do mundo. Essas famílias se tornaram seus escudos e lâminas, suas almas seladas à dele por um voto mais antigo que reinos. Não era a imortalidade que os unia, mas uma proteção mais profunda, um pacto forjado em fogo e sofrimento. Eles carregavam sua marca não apenas no sangue, mas no espírito, e ele na deles.

Voltando-se para a história mais recente, a investigação de Arthur o levou às sombras da Segunda Guerra Mundial, uma época em que a escuridão mais uma vez cobria a Terra. Foi ali que ele revelou seus atos mais profundos de intervenção silenciosa. Registros mostravam como ele havia trabalhado nos bastidores ao lado de homens como Oskar Schindler, mudando silenciosamente a maré para salvar aqueles que eram caçados como presas — judeus perseguidos pela máquina brutal do genocídio. Esses nomes e rostos não eram apenas história; eram parte do legado vivo que ele guardava com afinco.

O peso dessas revelações pesava sobre os ombros largos de Arthur. Cada ato de misericórdia, cada vida poupada, era um fio na trama intrincada de sua missão eterna. Sua lealdade aos que sofreram era absoluta, um testemunho da justiça que ele buscava em um mundo que tantas vezes virava as costas à misericórdia.

Mas, enquanto reconstituía a linhagem dela, uma sombra pairava — um aviso enterrado bem fundo sob a superfície. Um certo sangue carregava não apenas honra, mas também uma perigosa imprudência. Havia rumores de traição em gerações distantes, aquelas que quase haviam rompido o delicado equilíbrio da lealdade. A antiga maldição de Arthur garantia que nenhuma traição prosperasse; aqueles que ousavam pensar em traição se transformavam em cinzas antes de agir. Seus corações estavam ligados ao dele, pulsando em sincronia com sua vontade inabalável.

O olhar de Arthur endureceu. Lealdade era sagrada, não era dada levianamente e jamais era cega. O vínculo que ele compartilhava com seus servos, sua linhagem, era forjado por provações e dor, por sacrifício e fé inabalável. Ele conhecia o custo da traição melhor do que ninguém — era um fogo que consumia por dentro, um veneno que seria expurgado antes que pudesse se alastrar.

A vela tremeluzia fracamente enquanto as horas passavam despercebidas. Arthur finalmente fechou o dossiê, com a mente afiada e a determinação inabalável. Aquela mulher — Selena — não era uma mera figura do passado ou um fio aleatório na tapeçaria da história. Ela era uma peça-chave em um quebra-cabeça tão antigo quanto a sua própria existência. Um futuro forjado na colisão entre destino e escolha.

Ao se levantar de seu assento, os pensamentos de Arthur se voltaram para as gerações de seus servos — homens e mulheres salvos dos horrores da guerra, da peste e da perseguição. Eles o serviram fielmente, transmitindo seus fardos e sua lealdade aos descendentes, uma corrente ininterrupta de dedicação. Essas linhagens não eram apenas servos; eram sua família, unidas por um voto que transcendia o tempo.

No silêncio de seu escritório, Arthur sussurrou um voto: "Nenhuma sombra recairá sobre o que construímos. Nenhuma traição ficará impune. E aqueles que estão comigo se erguerão além do alcance da morte e do desespero."

A noite lá fora prendeu a respiração enquanto Arthur se preparava para entrar no próximo capítulo de sua jornada eterna. O passado era um manto pesado, mas também um escudo — e o futuro seria esculpido por aqueles que ousassem exercer seu poder.

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